segunda-feira, maio 26, 2008

Como funcionam os multibancos?

Em primeiro lugar, interessa perceber como funciona uma conta bancária... nada de muito complicado!

Para cada cliente existe uma caixa em cartão onde é colocado todo o seu dinheiro. Dentro da caixa há duas ou mais divisões, a versão mais tradicional é a divisão para dinheiro a prazo e uma segunda para dinheiro à ordem, mas pode haver mais se o titular tiver outras aplicações (PPR, PPH, etc...). Na parte exterior da caixa há um rótulo com o nome do titular da conta e o PIN.
Imagine que vai fazer um depósito em numerário ao balcão: preenche o talão de depósito, o "caixa" coloca-o num pequeno cofre de mesa, digita no teclado e coloca o maço de notas numa máquina que as parece contar... já está!. No final do dia, entre as 24h00 e a 01h00, todo o dinheiro é encaminhado para os bastidores onde um funcionário percorre as várias caixas para finalmente fazer o depósito.

Voltando ao multibanco. Assim que insere o cartão na ranhura, um funcionário de pequena estatura sentado do outro lado da máquina pega no seu cartão. Aqui começa o verdadeiro processo.... Um segundo funcionário lê em voz alta o nome gravado no cartão seguido do seu PIN. A menos de 2 metros está uma esteira rolante, muito parecida com as do aeroporto onde circula a bagagem, que gira a grande velocidade. Em cima dela estão colocadas todas as caixas de todos os clientes daquela sucursal. Logo que o nome do cliente é proferido, o gerente de esteira acciona as duas grandes alavancas que controlam o movimento do carrossel de caixas. Assim que um dos auxiliares vir o nome e o PIN a passar numa caixa, grita a bons pulmões: "Alto!". Automaticamente, dá uma espreitadela para dentro da caixa e verifica se há lá dinheiro. Se houver, levanta imediatamente uma bandeirola verde... ou seja, podem ser mostrados os menus de operações (Levantamento, Pagamento de Serviços, Telemóveis, etc.). Nesta fase, o titular selecciona, por exemplo, um levantamento de 60 €, o que desencadeia mais uma frase alta e bem colocada ao jeito do bingo: "sessenta euros... seis... zero!". O auxiliar, ainda a olhar para dentro da caixa, pega nas notas que existem na conta, retira a quantidade pedida e anuncia o remanescente: "Levantou 60... seis...zero... restaram 2367...dois...três...seis...sete!". É então dada ordem de impressão, numa impressora de papel muito estreito, onde estão discriminados os dados do movimento. Ao mesmo tempo, as notas são prensadas, alinhadas e colocadas na ranhura da máquina. Caso não pegue no dinheiro em 4 segundos, o funcionário activa o botão de alarme que inicia o processo de chamada de atenção. Neste momento é feito um telefonema para uma assistente que pergunta: "Dinheiro ou cartão?"... O colaborador responde: "Dinheiro... é o dinheiro"... é então que se ouve aquela voz mágica pela coluna "...O seu dinheiro!".

domingo, maio 18, 2008

Final da Taça de Portugal

Foi hoje e meteu frente a frente corruptos e caloteiros.

Há coisas fantásticas não há?!

À atenção dos senhores dos recordes do Guiness

Julgo ter ultrapassado o número máximo de horas a dormir: foram 19 horas seguidinhas e não estava em coma.

quinta-feira, maio 15, 2008

Boletim Meteorológico

Suspiro a cinzento escuro, nestes dias. Tenho o céu todo a trovejar nos olhos.
É muito cinzento, mesmo para um amor daltónico. Cansa-nos a alma mal ela acorda.
Não lhe dá espaço para rasgar um ou dois vincos de riso.
Nada.
Arrasta-nos para o fundo do mundo.
Quando era (ainda) mais novo adorava estes dias. Estava intimamente ligado com o facto de não haver aula de educação fisica. E isso enchia-nos de coisas para fazer. Mesmo à custa de nunca as virmos a fazer.
Hoje em dia, mais precisamente hoje, desmancha-me. Vento, chuva e frio não alimenta muita esperança aos olhos.
Pelo menos aos meus.
Dá vontade de esconder o dia de toda a gente e esticar as pernas numa casa de janelas cimentadas.
Os dias cinzentos têm esse duro dom de descansarem uma lupa sobre o que quer que nos doa peito adentro.
A lupa é tão grande...
Que venha o sol, nem que seja por um quarto de hora, para nos lembrar que há vincos na alma.

terça-feira, maio 13, 2008

Depois de ver um anúncio ...

...surge a questão.
Qual é o nível de intimidade que se tem de ter com uma pessoa, para chegarmos ao pé dela e dizermos: "Ah! Olha que giro, tu usas papel higiénico perfumado não usas?"
É muito, não é?
É pois.

segunda-feira, maio 12, 2008

Colgate Maxfresh

Passagem por uma superfície comercial. Fascinado pelo que se apresenta na prateleira correspondente as pastas de dentes: pasta de dentes com cor e com quadradinhos brilhantes lá pelo meio! Neste momento estão todos vós a segurar a respiração de tão apavorados que se encontram: "João, tu que nos ensinaste que se deve comer chocolate e doces com fartura para tratar bem os dentes, aderiste a essa moda das pastas de dentes completamente maradas?". Eu posso tranquilizar-vos: "Não, não estou."

Depois de muito olhar para a prateleira, e de muito dizer a mim próprio "vou resistir e não vou comprar esta pasta de dentes", acabei mesmo por comprar. A primeira dúvida que surgiu: comprar esta (Cool Mint)?


ou até mesmo esta?


Depois de muito pensar, concluí que o melhor era trazer as duas. Sim - sou o feliz possuidor de duas embalagens. Uma de cada variedade. E mal pude esperar para experimentar. Que sensação será a de lavar os dentes com uma pasta cheia de quadradinhos brancos perfeitos? E perante uma nova dúvida - qual dos sabores experimentar, neste primeiro e decisivo teste? - optei por criar um delicado cocktail das duas variedades, depositando sobre a escova, ávida de novidade, uma porção de Clean Mint e outra de Cool Mint. Depois de esfregados os dentes com esta mescla de cores e quadrados, o que se conclui? Conclui-se, senhoras e senhores, que a nova Colgate Maxfresh com "cristais refrescantes" tem um sabor que eu poderia definir como ... como ... (rufar de tambores) ... como ... como sendo... ... um sabor a... ... eh pá, a pasta de dentes. Basicamente, é isso. A pasta de dentes. A Cool Mint é mais suavezinha; a Clean Mint pica um bocadito mais, mas de um modo geral aquilo sabe a, pronto, pasta de dentes. Gostosa, sim senhor. Mas pasta de dentes. Justifica a chinfrineira dos "cristais refrescantes"? Não, senhor. Mas, de um modo geral, todas as marcas de pasta de dentes fazem chinfrineira por coisas que não justificam a chinfrineira. Exemplo: aqui há tempos adquiri uma embalagem de Theramed na sua nova e bombástica variedade 3D. "3D?", pensei eu, lembrando-me da categoria que foi ver um filme na altura da Expo 98, com aqueles óculos de lentes vermelha e azul, "Vou já adquirir este dentífrico!" É assim o poder do marketing. Comprei a dita Theramed 3D sem sequer reflectir sobre esta simples verdade: o efeito de três dimensões dificilmente se conseguirá obter ao nível da boca com a mesma eficácia com que se obtém ao nível dos olhos. Uma leitura detalhada à embalagem, depois de chegar a casa, revelou-me que por efeito 3D eles queriam dizer que aquela pasta era ideal para lavar "a três dimensões: dentes, gengivas e língua".

E eu: "Ah pronto! Ok!"

domingo, maio 11, 2008

Deprimente!

Não, não foi ver o Benfica acabar a época em 4º lugar.
Não, também não é por saber que o Vitória de Guimarães vai à Liga dos Campeões.
Não, não são todas as coisas razoavelmente más existentes à face da Terra.
"Então o que é João?" - perguntam vocês todos numa só voz.
É que está a dar os Globos de Ouro na televisão - respondo-vos eu, ao mesmo tempo que me começa a cair uma lágrima pela cara.