segunda-feira, maio 12, 2008

Colgate Maxfresh

Passagem por uma superfície comercial. Fascinado pelo que se apresenta na prateleira correspondente as pastas de dentes: pasta de dentes com cor e com quadradinhos brilhantes lá pelo meio! Neste momento estão todos vós a segurar a respiração de tão apavorados que se encontram: "João, tu que nos ensinaste que se deve comer chocolate e doces com fartura para tratar bem os dentes, aderiste a essa moda das pastas de dentes completamente maradas?". Eu posso tranquilizar-vos: "Não, não estou."

Depois de muito olhar para a prateleira, e de muito dizer a mim próprio "vou resistir e não vou comprar esta pasta de dentes", acabei mesmo por comprar. A primeira dúvida que surgiu: comprar esta (Cool Mint)?


ou até mesmo esta?


Depois de muito pensar, concluí que o melhor era trazer as duas. Sim - sou o feliz possuidor de duas embalagens. Uma de cada variedade. E mal pude esperar para experimentar. Que sensação será a de lavar os dentes com uma pasta cheia de quadradinhos brancos perfeitos? E perante uma nova dúvida - qual dos sabores experimentar, neste primeiro e decisivo teste? - optei por criar um delicado cocktail das duas variedades, depositando sobre a escova, ávida de novidade, uma porção de Clean Mint e outra de Cool Mint. Depois de esfregados os dentes com esta mescla de cores e quadrados, o que se conclui? Conclui-se, senhoras e senhores, que a nova Colgate Maxfresh com "cristais refrescantes" tem um sabor que eu poderia definir como ... como ... (rufar de tambores) ... como ... como sendo... ... um sabor a... ... eh pá, a pasta de dentes. Basicamente, é isso. A pasta de dentes. A Cool Mint é mais suavezinha; a Clean Mint pica um bocadito mais, mas de um modo geral aquilo sabe a, pronto, pasta de dentes. Gostosa, sim senhor. Mas pasta de dentes. Justifica a chinfrineira dos "cristais refrescantes"? Não, senhor. Mas, de um modo geral, todas as marcas de pasta de dentes fazem chinfrineira por coisas que não justificam a chinfrineira. Exemplo: aqui há tempos adquiri uma embalagem de Theramed na sua nova e bombástica variedade 3D. "3D?", pensei eu, lembrando-me da categoria que foi ver um filme na altura da Expo 98, com aqueles óculos de lentes vermelha e azul, "Vou já adquirir este dentífrico!" É assim o poder do marketing. Comprei a dita Theramed 3D sem sequer reflectir sobre esta simples verdade: o efeito de três dimensões dificilmente se conseguirá obter ao nível da boca com a mesma eficácia com que se obtém ao nível dos olhos. Uma leitura detalhada à embalagem, depois de chegar a casa, revelou-me que por efeito 3D eles queriam dizer que aquela pasta era ideal para lavar "a três dimensões: dentes, gengivas e língua".

E eu: "Ah pronto! Ok!"

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