Obrigado a todos por serem quem são!
Hoje, e porque acordei cedo, eram para aí 7h30 da manhã, gostava de vos falar sobre dormir.
Eu gosto de dormir, não tenho nada contra isso. E aviso desde já que, só não durmo 20 horas por dia porque julgo que seria mau para mim. Ou então não, visto que os ursos hibernam e depois acordam fresquinhos.
Mas enfim ... não me calhava bem.
Mas agora há coisas, que me fascinam no sono.
A primeira delas é quando o sono se começa a aproximar.
Ora o sono aproxima-se de uma maneira muito próxima, especialmente se estamos a ver televisão.
Aproxima-se com aquilo a que eu chamo de "golos de cabeça".
Inicia-se uma sucessão de cabeçadas triunfais, seguidas de um olhar à volta como quem diz: "Eu não estava a dormir, estava só a ver se tinha facturas suficientes para o IRS de 2007."
Depois, percebemos que já contámos as facturas todas, e decidimos ir para a cama.
Vamos muito bem, já com a contabilidade organizada e é na cama, que o sono ganha todo o seu esplendor.
Há dois tipos de pessoas que eu gosto muito:
- As primeiras são as que dormem de olhos abertos, porque demonstra habilidade, espectacularidade, e acima de tudo, é uma maneira de uma pessoa ter sempre uma noção do que o rodeia. É a mesma coisa que ligar o alarme do carro, mas numa pessoa, e sem aquela luzinha vermelha a piscar;
- As segundas pessoas são as que dormem de boca aberta. Essas, não causam grande espectacularidade, a habilidade também não é por aí além mas, sempre é ridículo. E como toda a gente sabe, não há nada melhor do que ver outras pessoas a fazer figuras ridículas. O que eu acho giro fazer a essas pessoas é, pendurar um anzol no canto da boca, e depois ir para a sala com uma cana para ver quando é que mordem. É uma brincadeira gira, que não ofende ninguém, e que na melhor das hipóteses resulta em cinco pontos no hospital Fernando da Fonseca.
Ora os derivados são, por um lado, os puros Lusitanos, que são os cavalos que rangem os dentes durante a noite.
A esses é só dar um cubo de açúcar que eles acalmam, amansam um bocadinho.
Os que estrabucham, aqueles que volta e meia mandam um esticão com o braço ou a perna, também é bom.
E é bom porque? Porque também serve para dar um arrebite na pessoa que dorme convosco e que se consegue esquivar durante o dia. Assim, durante a noite, pode sempre ser sem querer.
Para os mais sentimentalistas, eu não estou a incentivar a violência doméstica, estou é a torná-la numa espécie de jogos sem fronteiras, mas sem a parte dura, que era protagonizada pelo Eládio Climaco, que é um nome que dá cãibras na língua. (se experimentarem dizer muitas vezes vão perceber)
Há depois as pessoas que falam.
Essas é sempre uma alegria, porque a qualquer momento podemos falar da bolsa ou do PIB de Angola, que elas nunca dizem que não.
Agora o único problema é que falam sempre como se tivessem um ovo na boca, o que é sempre uma coisa do género: "sjdasosdjfpas".
Por fim, à aquelas que, tal como me aconteceu hoje, que acordam com o seu próprio ressonar.
Agora pergunto eu: "Há alguma coisa mais estúpida do que acordar com uma arma tão potente como o ressonar?"
Não há, porque o ressonar, é suposto ser uma arma potente para quem está à nossa volta. Nunca para nos afectar a nós.
Por isso é que a partir de hoje vou dormir com uns tampões nos ouvidos, para não me ouvir a ressonar de manhã.
E para finalizar, os meus parabéns a quem tem apneia do sono (até estou a bater palmas, só três), porque é, basicamente, uma doença em que os pulmões, durante o sono, se esquecem de respirar.
É de facto, preciso ter uns pulmões com uma vida social muito agitada para não saberem que, volta e meia têm de inchar e desinchar.
Enfim, durmam bem e não se babem. Quer dizer, pelo menos para a vossa almofada porque depois a baba fria faz impressão.
Acreditem, está bem?